A voz de Pedro na tua o mundo escuta (M. Pontifícia)
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Pe. Donisete Aparecido Vitório, celebrando no Santuário Nossa Senhora Aparecida em Tambaú no dia 19 de Junho de 2011, dia da 35ª Marcha da Fé |
Que maravilha podermos ouvir a voz de alguém que nada mais ou nada menos viveu há séculos junto ao Mar da Galiléia, ou pescando no Lago de Tiberíades com seus irmãos e familiares e que um dia encontrou-se com um homem chamado Ieshuah Bar Ioseph, apresentado por seu irmão André, em um dia de trabalho corriqueiro, dado que ainda estavam todos lavando suas redes a fim de usá-las no próximo dia de trabalho; junto às águas bravias ou tranqüilas daquele Mar que tu conhecias muito bem. Talvez André, seu irmão, jamais poderia imaginar qual a conseqüência de tal apresentação. Depois de um certo tempo de convivência, quando já não haviam os acanhamentos dos primeiros encontros e começam a se conhecer e a se apaixonar pela causa Daquele homem impressionante, Ele, o instrui aos poucos, pelos caminhos da graça, no objetivo real de sua missão e que para ela precisava de homens como tu. Um dia sem aqueles rodeios próprios dos grandes mestres, mas com a simplicidade dos mesmos, Ele, ao saber por teu irmão o teu nome, o muda; e, com ele, essencialmente, tua vida.Tu sempre foste conhecido como Simão Bar Iona (Simão filho de Jonas); e de repente tu recebeste ali um novo nome; e tu como um bom judeu sabias muito bem o sentido de tal mudança. Ele te chamou de Kefas ou Pedra e ainda reforçou o sentido dessa pedra; tu serias doravante a pedra onde Ele edificaria uma comunidade de amor, que não seria como um sindicato de pescadores, mas uma comunidade de pescadores, sim, porém coordenada e inspirada pelo seu Ruah (Espírito), formando, assim, a sua igreja, isto é, uma comunidade reunida por Deus no amor e que seria um sinal de salvação a todos os homens. É verdade que tu quiseste renegá-lo, mas também não é menos verdade que o Espírito Dele veio em teu socorro quando o Inimigo tentou te joeirar como trigo; nada adiantou, pois o Amor que os unia falou muito mais alto. Com o passar do tempo foste descobrindo o teor de tua missão e descobriste que Ele falava em ti, e tu Nele falavas aos teus irmãos, confirmando-os na fé; sim, sobretudo, quando tiveste que tomar postura frente aos teus irmãos depois da morte do seu grande amigo, percebeste a verdadeira sintonia entre ti e Ele dentro do teu ser, dentro de tua alma; era algo que havia marcado essencialmente tua vida por toda a eternidade. E descobriste que a missão Dele continuava em ti, e que quando deixasses este nosso mundo, a missão Dele, passaria aos teus outros irmãos aos quais recebeste a missão de confirmar na fé, isto é, na experiência profunda e indubitável que tiveste Dele. Muitos tentaram, a seu tempo, dizer: Ele está morto, porém, tu tendo-o vivo em seu coração, ousou dizer: “Não, Deus o ressuscitou dos mortos! Ele está vivo”! E assim como num ato ou gesto de fidelidade a Ele e a seu amor, deste por Ele a tua vida, numa entrega confiante e total; assim, tu Pedro és a Pedra lapidada a brilhar numa das portas da Jerusalém Celeste como sinal radiante de uma igreja que ainda caminha na historia onde os sinais do pecado por vezes a toca, mas sabemos que teu Jesus como orou por ti, está constantemente orando por Ela; obrigado Pedro-Pedra! Pois hoje celebramos o dia do teu sim para a eternidade, obrigado por que não te esqueceste de relegares aos teus sucessores a tua fé, límpida, batismal, cristalina; e somente te pedimos a ti que estás junto a Ele – O Vivente – faça com que Bento XVI, teu sucessor, nos confirme na mesma fé que tu recebeste de Cristo, senão nada em nossa caminhada eclesial terá sentido. Bento, a voz de Pedro na tua o mundo escuta, por que o mundo precisa de Cristo.
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